Um carro-link do SBT foi pichado na última segunda-feira, 30, durante as manifestações em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Os professores estavam reunidos na Praça da Cinelândia exigindo uma melhor discussão sobre planos de carreira, simultaneamente com a manifestação de integrantes do grupo Black Bloc, que protestavam contra a repressão das autoridades.
Durante uma exibição ao vivo, a repórter Melissa Munhoz foi surpreendida por um grupo de pessoas que cercaram sua equipe de reportagem, forçando a interrupção imediata da transmissão. Em rede social, Melissa reclamou do tratamento recebido: "Me xingaram de pir@#$@, vadia, vagabunda. Hoje eu e minha equipe fomos expulsos da Cinelândia!!! Tive que pedir ajuda a um PM para não sermos agredidos!!! Não posso aceitar tamanha censura. Não posso achar normal tanto cerceamente à notícia".
Já a Rede Globo se mostrou mais cautelosa para evitar problemas deste tipo. Depois de ter sido alvo de inúmeros protestos, a emissora optou por usar o telefone para colocar ao vivo um repórter durante uma chamada no canal Globo News. Em junho, durante as manifestações que paralizaram o país, a Globo já havia optado por esconder sua logomarca dos microfones dos repórteres nas ruas.
Segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo foram contabilizadas 82 violações contra profissionais da imprensa no decorrer das manifestações em todo país.